Escrevia para te encantar.
Escrevia para me expressar.
Para confiar meus sentimentos
a pessoas que eu desconhecia
os seus pensamentos.
Agora toda a carne do meu corpo
frio, esta com os dias contados.
O fogo que batia no meu coração
se apagou, e nem o coração
bate mais pelo o que passou.
A fama que me vem tarde.
Faz de mim um conto.
Um tonto.
Na vida fui amante,
fui marido, fui pai,
fui filho e fui amigo.
Agora sou um conjunto
de lembranças que
trazem saudades.
Na vida fui um escritor.
Outras pessoas já
escreveram sobre sentimentos.
Muito antes de mim até.
E agora que depois, muitos
vão escrever também.
Tive que morrer para
que dissessem que eu escrevia
com o sangue que
bombeava o meu coração.
Talvez por isso eu morri.
Por usar de mais o coração.
Por amar de mais o amor.
O amor por escrever
o que sinto por você.
Eu nunca nasci,
apenas comecei
a morrer.
No dia em que eu morri
foi em outubro de 1993.
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