O que sou eu

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Sem caneta e sem papel, uso de mais tecnologia para exibir - para quem quiser ler – os meus pensamentos. Sou o criador deste blog e me chamam de Lima Araújo. Obrigado!

OBS: Opa meu caro leitor, venho aqui avisar que não permito nenhum tipo de plagio aos meus textos encontrados e pertencentes a este blog. Sei que você é mais inteligente e criativo do que apenas apertar (Ctrl+c) e (Ctrl+v). Muito obrigado pela atenção... Lima Araújo

Neste blog todos os textos são de minha autoria.
Impulsionado pela necessidade de expressar minhas opiniões, meus pensamentos e até meus poemas, aliando a uma ótima influência que tive de dois amigos Juba e Cinthia, criei esse blog. Soube ouvir, analisar e conclui que de fato tenho que compartilhar minhas idéias, e é muito importante que se opine sobre imagens, argumentos e acontecimentos. Os Personagens desse blog fazem parte de um mundo meu, que retrata minha personalidade e que divulga o que realmente estou sentindo ou pensando. Compartilharei aqui, sem medo de críticas alheias, meus poemas, minhas próprias críticas e situações minhas, com você e por você meu caro leitor. Muito obrigado!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Analogia de um sentimento melodramático

Vereda de sentimentos espinhosos, de pessoas estranhas oferecendo algo. De perigo e tentações. De pecados em seus fetiches mais íntimos, de mulheres nuas de corpo e porque não de espírito. 

Busco um perfume que me agrade, que me calce, que simplesmente me sirva. Sinto em sua pele o ímpeto do desejo, o arrepio de um toque, o calor do beijo… Mas você não é minha prometida, não é nada do que eu esperava. Na verdade você é mais, é o inesperado que no fundo eu sempre esperei. 

Sabe, tudo isso é muito complicado. A intensidade com que você me envolve me torna tão indefeso. De repente você me trás boas notícias, me inspira à lembrar de bons momentos, você é o que posso dizer, um verdadeiro Bom Dia! 

Que sentimento é esse que tento esconder, ou que pelo menos tento não dizer de forma tão explícita? Que verdade quero esconder, e de quem? De mim mesmo, ou de vigilantes? 

Já disse que um dia irei fugir de mim, e tentar existir em você. Já falei de rosas e de pedras. Já apresentei um monólogo sem platéia. Já falei do tempo, quando ele é apenas uma linha facial, pura estética. Já respondi as minhas próprias inquietações, mas não me convenci. 

Comparei o amor com uma mancha de café, na tentativa de explicar os seus efeitos. Dediquei muitos rabiscos imprudentes, na tentativa de descrever o meu inconsciente em um sopro de pura consciência. Em um sopro de inocência talvez. O que me surge no momento, são atalhos escuros, sem placas nem mapas. E uma responsabilidade de comparar o incomparável. Seria possível? 

Seria possível a criatura amar o seu criador, sabendo essa criatura, que ela foi criada com defeitos? O que seria do desejo sem o medo, ou da música sem ter quem ouví-la? O que seriam dessas palavras, se não tivesse ninguém para lê-las… o que seria de mim, sem minha capacidade de comparar? 
Lima Araújo

CONTINUAÇÃO Parte II (Carta para as minhas memórias)

No entanto, não estou só relembrando momentos bons. Acabo também revivendo dores e erros. Eu sempre me orgulhei de ter uma fórmula perfeita para não sofrer tanto com desilusões amorosas. Que constituía apenas em duas regras básicas, que falarei mais adiante, porque agora me veio na cabeça à palavra que acabei de escrever e que vocês acabaram de ler “desilusões”. Preciso falar dela, antes de falar das regras. Justamente o significado da palavra desilusão, que usamos antes da palavra amorosa acaba sendo por si só uma contradição. Se pegarmos um dicionário qualquer, teremos mais ou menos esse significado: “Ação ou efeito de desiludir”... Ou seja, é o mesmo em dizer que o amor é uma ilusão, e que por isso, quando esse amor acaba, nos desiludimos. E o amor sendo uma ilusão caracterizar-se por si só uma dor. Uma inverdade, uma criação no nosso imaginário voltado apenas para satisfazer nossos próprios desejos e necessidades pessoais. Por isso que também dizem que o amor é essencialmente egoísta. E essa afirmação tem muito fundamento, porque somos naturalmente egoístas, e o amor só é bom quando é correspondido. Damos carinho, atenção, beijo, mas queremos as mesmas coisas em troca, porque se não tivermos, não vale a pena amar. Por isso que também nos tornamos possessivos, temos medo de perder o que achamos que é nosso. Mas na verdade a única coisa que você possui, é a sua própria ilusão. Essa é só sua, e pode ser transferida, ou reconstruída a qualquer momento. Então vivemos em uma ilusão quando estamos amando. Nós iludimos com o objetivo de alcançar outra grande ilusão, a felicidade. Quando chamo a felicidade de ilusão, me refiro ao pensamento que temos em que diz “você me faz feliz”. Na verdade, é você quem permite que a outra pessoa a faça ou o faça feliz, e não ao contrário. Nós somos detentores da nossa própria capacidade de criar a felicidade, a prova disso, é que não existe receita para ser feliz. Cada um tem o seu jeito, as suas manias, os seus desejos, cada um, cria e edita a sua própria ilusão (o seu próprio mundo). Mas o perigo está, exatamente, onde cabe a parte da “nossa própria ilusão”. Exigimos que a outra pessoa compartilhe da nossa ilusão, mas não damos a ela a oportunidade de criar e editar junto com ela, apenas impomos o nosso mundo, já pronto, a essa pessoa. E esperamos que simplesmente ela aceite. E as ilusões dela, onde vamos guardar? Penso que as pessoas preferem ouvir o que querem, e não o que precisam ouvir. É assim que funciona o amor. Essencialmente egoísta, essencialmente humano, essencialmente você, eu, ela e ele. Ficamos aqui, com a minha definição do termo “desilusão amorosa”, mas não a considere se não concorda de fato. Crie a sua própria definição, edite sua própria ilusão do amor. Eu já ia me esquecendo, falei no início sobre as minhas duas regras básicas que compõem a minha fórmula para não sofrer tanto com desilusões amorosas, mas essa é outra história... Lima Araújo
CONTINUA...

Carta para as minhas memórias...Parte I

Já escrevi sobre muitas experiências. Umas vividas e outras eu apenas imaginava. Mas igualmente sentidas, até porque, não me importava se eram reais ou se eram apenas imaginadas. E mesmo que pessoas dissessem serem testemunhas dessas minhas experiências, ainda assim não podiam afirmar que elas eram totalmente reais. Eu podia muito bem estar fingindo, eu podia muito bem ser um ótimo ator. Eu podia apenas estar vivendo de aparências, e não de autênticas experiências. Mas acho que não tenho o dom da dramatização. Então o que restaria dizer, é que podia até ser real para mim, e que não era eu a fingir, nunca foi. Em minha defesa, bom, não tenho muito que dizer em minha defesa. Mas acho que nada disso adiantaria também. Reviver o passado, em busca de uma justificativa para o presente. Pesando eu que conseguirei responder as suas perguntas, inocência a minha. Assim, preciso deixar bem claro o que exatamente escrevi sobre essas experiências (que vamos agora em diante chamá-las de lembranças ou memórias) esse meu relato, acredito ser, importante. As memórias que me debrucei a escrever, que corria em busca de um papel para evitar a fatalidade do esquecimento, eram memórias ou lembranças, reais ou imaginadas, vividas ou dramatizadas, de amores intensos. Lembro-me vagamente do meu primeiro beijo, porém, lembro-me muito claramente do meu primeiro amor. Ou seja, eu cedi primeiro ao contato físico mesmo irresponsavelmente, e só depois, mas só depois eu beijei por amor. Mas o importante é perceber o que ficou vago e o que ficou claro em minha memória. Não pretendo com isso atribuir ou impor uma interpretação minha, deixarei para você a fazê-la. Eu já tive namoro que durou um dia, e outros que duraram algumas estações. Para mim, não importa o quanto é duradouro um relacionamento, mas sim, o quanto é intenso. Mas confesso, nunca amei ninguém, tanto quanto amo você, e nunca vou amar. Mas para ser sincero, no passado, agora que estou recorrendo as minhas memórias, lembro-me de um dia já ter escrito essa frase. O que hoje me faz pensar, que o amor é renovável. Mas não confunda com reciclável. Hoje não tenho mais os amores que um dia já tive. Não tenho os beijos apaixonados da minha adolescência. Parece que o hoje, está fadado a mera estabilidade. Tudo era tão intenso no princípio. Era tão apaixonante, um verdadeiro mundo novo. Agora o que é novo é esse sentimento que consome, confundi, embriaga o meu pensar. E porque ele me aparece agora? Porque não antes? Nos outros amores, não me recordo de percebê-lo, ou não de forma tão evidente quanto agora. Nesse momento que escrevo essa carta, estou revivendo, quer dizer, pescando as minhas lembranças que nadam livremente no oceano da minha consciência. Eu que não tinha dificuldade em dizer “eu te amo”, que me entregava, como gostava de dizer, “de presente pra você”. Hoje, sinto um certo problema em organizar essas palavras logo no exato momento em que as circunstâncias exigem dizê-las. Não é falta de amor, é como eu disse, pode ser o enfadonho discurso da estabilidade, neste caso até, prefiro dizer responsabilidade. Quando se ama de forma descompromissada, sem dever nada, mas devendo apenas o amor. O que estou querendo falar é sem dever horas, ou satisfações. Acaba tornando até mais intenso. Mas tudo tem o seu momento, o meu passou. O que me resta é apenas pescar as memórias. Lima Araújo
CONTINUA...



"Eu sempre visito o meu futuro... quando quero ganhar inspiração para o meu presente" Lima