O que sou eu

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Sem caneta e sem papel, uso de mais tecnologia para exibir - para quem quiser ler – os meus pensamentos. Sou o criador deste blog e me chamam de Lima Araújo. Obrigado!

OBS: Opa meu caro leitor, venho aqui avisar que não permito nenhum tipo de plagio aos meus textos encontrados e pertencentes a este blog. Sei que você é mais inteligente e criativo do que apenas apertar (Ctrl+c) e (Ctrl+v). Muito obrigado pela atenção... Lima Araújo

Neste blog todos os textos são de minha autoria.
Impulsionado pela necessidade de expressar minhas opiniões, meus pensamentos e até meus poemas, aliando a uma ótima influência que tive de dois amigos Juba e Cinthia, criei esse blog. Soube ouvir, analisar e conclui que de fato tenho que compartilhar minhas idéias, e é muito importante que se opine sobre imagens, argumentos e acontecimentos. Os Personagens desse blog fazem parte de um mundo meu, que retrata minha personalidade e que divulga o que realmente estou sentindo ou pensando. Compartilharei aqui, sem medo de críticas alheias, meus poemas, minhas próprias críticas e situações minhas, com você e por você meu caro leitor. Muito obrigado!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quanto custa uma noite?



A noite cai e vem com ela a chuva e o frio. Aqui na janela do meu apartamento, só observo as gotas escorrerem pelo vidro. Os relâmpagos iluminam a escuridão das ruas, onde vejo pessoas seguindo os seus caminhos. Estou sozinho essa noite. E sei que você não vem. Hoje não tenho o seu corpo. Os lençóis de seda, estão arrumados, ainda a sua espera, como eu, que ainda não fui dormir. Ascendo um cigarro, sei que não gosta, mas o que importa? Não estás aqui para me punir. O vinho já abrir, na verdade já tomei duas garrafas sozinho. Vou fumando um cigarro atrás do outro, na tentativa de matar a ansiedade por te esperar. Droga, passam da meia noite e ainda não ouvir o interfone tocar. Estou desejando a sua pele, seus arrepios. Quero a sua boca na minha, sua língua entrelaçada em um momento único de amor e sexo. Quero me perder em suas curvas fatais. Estou desejando os seus cabelos enrolados em minhas mãos. Também quero seus seios e suas coxas se esfregando em mim. Tudo isso seria melhor, com você aqui.

A noite está fria e chuvosa. Não consigo enxergar mais ninguém nas ruas - devem estar em suas casas, dormindo ou trasando - fico imaginando. O apartamento parece tão grande sem você, ou será que é meu coração que está se sentindo vazio? Ligo o som, ponho uma música que gosto, e tento me distrair. Logo depois ligo a tv, não consigo achar nada para assistir. Entre mais um gole de vinho e outro, penso que você pode estar na cama de outra pessoa. Penso o que pode estar fazendo. - safada, deve estar gozando com ele - não estou sendo muito racional, confesso. Mas o que posso fazer, estou sozinho essa noite. A chuva finalmente parou. Abro a janela logo em seguida. Ainda está frio, e ainda estou sozinho. "Ela passou do meu lado, 'oi amor', eu lhe falei" - o som do meu celular, quando ouvir tocar, corri pensando que era você, me ligando dizendo que já estava subindo. Mas não era você, era apenas uma mensagem de aviso. Respirei fundo, e peguei mais um cigarro. As velas ainda nem ascendi. Não as queria iluminando aquele apartamento vazio. 


A lembrança dos seus beijos e dos seus carinhos, me abraçam neste momento. A saudade me conforta de uma forma tão maldosa, que me permito sorrir sozinho. Pareço um louco, muito provavelmente um bobo, mas quem me julgaria? Será que você ainda vem? - ela deve ter perdido o trem! - tento justificar a sua ausência. Algo me diz, pra ir dormir, acalmar esse coração que já sofreu de mais por uma noite. Quando me conformo com a sua ausência, você bate na porta do apartamento. Olho através do olho mágico, e quase não acredito. É você! Meu coração acelera, minhas mãos gelam, meus olhos não acreditam no que estão vendo. Essa imagem nunca irei esquecer, você entrando no meu apartamento, logo no momento em que perdi as esperanças de te ver. Você chega toda molhada - posso me secar? - me faz uma pergunta pretensiosa. Naquela altura, não me importava o motivo do seu atraso, não queria saber onde você estava, apenas queria que você estivesse ali.


Não podia deixá-la com frio, e molhada. Afinal, você me pediu um favor. - sim, pode se secar, ou melhor, vou te ajudar - muito nervoso, apesar da minha experiência, parecia apenas um garoto. Afobado, fui tirando a sua roupa, você me disse - espera, vá com calma, você me terá esta noite -  

respirei bem fundo, como se estivesse prestes a pular de um penhasco. Controlei minha ansiedade, e fui tirando a sua roupa aos poucos. Cada peça da sua roupa, era como se fosse uma última peça. Mas parecia que não ia acabar. Quando eu me deparei, em frente ao seu corpo, quase nu, quando eu já iria tirar seu sutiã e sua calcinha, você me empurrou. Caí sobre a cama, desarrumando os lençóis. Na minha frente, em pé, você estava mais linda do que nunca. Tirando as suas últimas peças de roupa, e cobrindo o seu corpo com seus braços e mãos. Pedi para que parasse naquele instante, para não me revelar o que tanto queria ver. Parece sem sentindo isso, mas era porque queria tirar uma foto sua, pra guardar comigo, e nunca mais ter que precisar fica olhando a chuva pela janela. Mas não era só isso, faltavam as velas ainda. Pronto, tudo está perfeito. 

Voltou a chover. As gotas voltaram a escorregarem pelo vidro da janela. Mas agora eu não estava sentindo tanto frio. Estava mais quente do que nunca estivera. Nessa noite, eu estava realizando minhas fantasias mais íntimas. Mas infelizmente, a noite não podia ser eterna. O dia começou a nascer, os raios de sol começaram a iluminar o apartamento, até chegar em nossos olhos. Você acordou mais linda do que foi dormir. 


Mas você tinha que ir embora, não podia ficar pro café da manhã. Queria seus 400 reais, pra poder ir. Então eu paguei e lhe dei um último beijo, e disse: hoje a noite você vai estar livre?... 


A poesia está na virgindade de uma donzela, como está no pecado de uma amante! 


                                                                                                                               Lima Araújo