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Sem caneta e sem papel, uso de mais tecnologia para exibir - para quem quiser ler – os meus pensamentos. Sou o criador deste blog e me chamam de Lima Araújo. Obrigado!

OBS: Opa meu caro leitor, venho aqui avisar que não permito nenhum tipo de plagio aos meus textos encontrados e pertencentes a este blog. Sei que você é mais inteligente e criativo do que apenas apertar (Ctrl+c) e (Ctrl+v). Muito obrigado pela atenção... Lima Araújo

Neste blog todos os textos são de minha autoria.
Impulsionado pela necessidade de expressar minhas opiniões, meus pensamentos e até meus poemas, aliando a uma ótima influência que tive de dois amigos Juba e Cinthia, criei esse blog. Soube ouvir, analisar e conclui que de fato tenho que compartilhar minhas idéias, e é muito importante que se opine sobre imagens, argumentos e acontecimentos. Os Personagens desse blog fazem parte de um mundo meu, que retrata minha personalidade e que divulga o que realmente estou sentindo ou pensando. Compartilharei aqui, sem medo de críticas alheias, meus poemas, minhas próprias críticas e situações minhas, com você e por você meu caro leitor. Muito obrigado!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Flores de outono






Um sentimento de angústia. Parece que eu perdi algo. Parece que deixei alguém para trás. Não no sentido de ter superado esse alguém. Mas sim de ter esquecido mesmo. Onde o deixei? Quem eu esqueci?

Sensação estranha. Mesmo me esforçando, não consigo lembrar de nada ou de ninguém. Talvez não fosse tão importante assim. É como um sonho. Que desesperadamente, após acordarmos tentamos nos recordar de detalhes, que a princípio nos parecem tão essenciais... tentativa inútil.

De algumas flores não lembrarei mais. Nem seus nomes, muito menos seus perfumes. De outras, talvez minha memória insista em permanecer recordando por falta de amor próprio. É como se gostasse de sofrer novamente. Já não bastam as cicatrizes? Que apesar de não mais arderem, mas ainda continuam marcando minha estética. Fazendo-me lembrar, todos os dias, de todas as flores que já murcharam em meu jardim.

As estações vão passando lentamente. Parece-me que o tempo, que sempre foi tão pontual, ultimamente anda atrasado. Será que ele anda ocupado de mais? Dizem que o presente anda flertando com o passado. E o futuro, indeciso como sempre, anda com ciúme dessa relação. Talvez o tempo esteja confuso tanto quanto eu. Acho que dessa vez, ele passará e não trará resposta alguma.

Alguns espinhos perfuraram minhas mãos. Outros o meu coração. Algumas flores que cuidei, vingaram e tornaram-se as mais lindas de todo o Jardim. Outras infelizmente não consigo lembrar. É como eu disse, talvez não fosse algo de importante para ser lembrado. Quem sabe não foi nada. E eu aqui me esforçando atoa enquanto as folhas caem das árvores, enquanto a tarde abre espaço para a bela noite que chega. Enquanto eu tento me convencer que eram só flores de uma estação qualquer, eram apenas flores que nunca mais lembrarei de seus nomes e perfumes.

Lima Araújo


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