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Sem caneta e sem papel, uso de mais tecnologia para exibir - para quem quiser ler – os meus pensamentos. Sou o criador deste blog e me chamam de Lima Araújo. Obrigado!

OBS: Opa meu caro leitor, venho aqui avisar que não permito nenhum tipo de plagio aos meus textos encontrados e pertencentes a este blog. Sei que você é mais inteligente e criativo do que apenas apertar (Ctrl+c) e (Ctrl+v). Muito obrigado pela atenção... Lima Araújo

Neste blog todos os textos são de minha autoria.
Impulsionado pela necessidade de expressar minhas opiniões, meus pensamentos e até meus poemas, aliando a uma ótima influência que tive de dois amigos Juba e Cinthia, criei esse blog. Soube ouvir, analisar e conclui que de fato tenho que compartilhar minhas idéias, e é muito importante que se opine sobre imagens, argumentos e acontecimentos. Os Personagens desse blog fazem parte de um mundo meu, que retrata minha personalidade e que divulga o que realmente estou sentindo ou pensando. Compartilharei aqui, sem medo de críticas alheias, meus poemas, minhas próprias críticas e situações minhas, com você e por você meu caro leitor. Muito obrigado!

terça-feira, 5 de maio de 2015

Discurso do Opressor




Classes divididas, realidades distintas. Exploradores e explorados. Os detentores dos meios de produção e os não detentores dos meios de produção. Sempre em grandes discrepâncias em suas relações sociais. A teoria da evolução humana como sempre muito mal interpretada. O Estado com sua força midiática insiste em classificamos como "iguais". Somos "classificáveis", temos validade de uso. Somos meros produtos de força e consumidores em potencial. Seríamos nós, verdadeiramente iguais? Há qual ponto de vista?

Insistentemente somos condicionados a uma cultura cada vez mais "unificada", se é possível afirmar isso. Porém o que acontece é a tentativa de igualizar pessoas, igualizar costumes, igualizar mitos e entre outros aspectos específicos de uma determinada sociedade. Seria um absurdo pensar nesta possibilidade ao afirmar que somos iguais. Somos sim, seres verdadeiramente complexos, não só por sermos iguais no que somos diferentes, mas também por sermos diferentes no que somos iguais. Inseparáveis fatores culturais econômicos, sociais, biológicos, psicológicos entre outros. Mas que insistimos em separar.

Pensar que somos iguais é negar a existência de toda uma complexidade que é inerente ao ser humano. Complexo significa "o que é tecido junto", pertencente ao mesmo contexto, porém significativo em sua interdependência. "Historicamente falando, o Brasil possui um passado negro". Se esse termo não fosse tão trágico, tornaria cômico. Referimos o tempo todo utilizando a palavra ‘negro’ ou ‘obscuro’ quando queremos relacionar com um acontecimento que não foi bom ou aceitável. Um simples vício de linguagem? Ou um vício moral enraizado culturalmente?

Ao analisarmos o Brasil a pós sua abolição escravocrata não se tem registro de um ato de verdadeira abolição ao pensamento de que o negro é propriedade do homem branco. Ou seja, o negro permaneceu e ainda permanece refém de uma hegemonia classista e elitista reforçadas nos discursos do opressor. Não se pensou em políticas públicas que readaptassem o negro à sociedade. Aos direitos comuns nada foram respeitados. Um pouco mais de um século de silêncio, só depois se criou a maior, até hoje, política de afirmação inclusiva aos negros, chamada cotas. Porém reconheço sua ineficácia perante a complexidade social que vivemos. Como medida emergencial é totalmente aceitável e estimulante. Como solução de um problema mais profundo perde-se o efeito.

Seríamos iguais à que ponto de vista? Do colonizador ou do colonizado. De forma insistente o homem colonizador não aceitando, por exemplo, suas diferenças culturais, biológicas e étnicas assim com o tempo conseguiu criar uma propaganda onde transforma seres totalmente complexos em simples peças de montagens, onde cabe a cada ser uma função simplista e, o próprio indivíduo torna-se substituível.

Cria-se a estratégia de imposição de uma ditadura midiática, consumista, racista, eurocêntrica, de forma sistemática a toda sociedade. E quem ousar não seguir é excluído automaticamente por não estar nos padrões "aceitáveis", exigida por uma minoria classe que se intitula superior.

Lima Araújo


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